Intercâmbio

Intercâmbio - 29 jan 2021

Como é o currículo em outros países?

Saiba se os modelos são semelhantes aos usados no Brasil e o que é importante na hora de montar um currículo em diferentes culturas

currículo; vaga internacional; vagas; exterior; trabalho

O currículo é uma parte fundamental dos processos seletivos no Brasil. Ainda que existam diversas possibilidades para montar um, informações como formação acadêmica e cursos são bem importantes, enquanto colocar hobbies, por exemplo, não é tão comum. Mas e em outros países, será que funciona na mesma forma?

De maneira geral, os modelos são bem parecidos no Brasil e no exterior, segundo Elaine Bergmann, orientadora do PUC Carreiras. Mas ela conta que algumas experiências são mais valorizadas em certos países e podem ser inseridas, caso o profissional esteja se candidatando a uma vaga internacional. “Nos Estados Unidos, as empresas dão muito valor ao voluntariado. Já na Europa, a formação acadêmica é mais relevante”, explica Elaine.

O “recheio” do currículo também depende do objetivo do profissional. A especialista explica que vagas de trabalho e oportunidades de estudo no exterior requerem informações diferentes. “Se o intuito da viagem é trabalho, é importante dar ênfase às experiências profissionais. Já no caso de intercâmbio, deve-se valorizar a formação acadêmica, voluntariado e atividades extracurriculares”, observa.

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Diferenças entre países e regiões

A equipe do PUCPR International explica que há uma diferença comum entre os termos usados nos países para denominar esse tipo de documento. De acordo com Ana Luisa Marques, “é mais comum usar a expressão CV (Currículo Vitae) na América do Sul e em alguns países europeus. Nesse caso, ele costuma ser um pouco mais extenso”, explica. “Já nos Estados Unidos, Alemanha, Austrália e países asiáticos é usual falar Resume, que é um documento curto e mais personalizado”.

Ana acrescenta, ainda, que cada região costuma ter uma ordem diferente de apresentação das informações. Nesse sentido, Elaine Bergmann dá uma dica prática: estudar as peculiaridades de cada país. “Uma opção é pesquisar perfis no LinkedIn e verificar as características em comum. Também é possível conversar com um especialista de RH do destino, caso a intenção seja de trabalhar”.

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Quais informações devem ser colocadas?

A foto, um item que gera muita dúvida nos profissionais, não é obrigatória, segundo Elaine. Ana complementa explicando em algumas regiões isso é mais corriqueiro que em outras. “Em países Europeus, asiáticos e do Oriente Médio é mais comum. Nos países latinos também, exceto no México”, acrescenta.

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Colocar os hobbies, ou seja, o que a pessoa gosta de fazer nas horas vagas são boas informações no caso de oportunidades em países de língua inglesa. Já números de documentos não devem ser inseridos. Dados pessoais como estado civil, idade, gênero e nacionalidade são optativos. Inclusive, nos Estados Unidos, segundo Ana Marques, é raro ter esse tipo de informação. “Costumam ser mais solicitados em países europeus”. Sobre essa questão Elaine faz uma observação importante: “em muitos países existem leis que protegem os trabalhadores contra discriminação por estado civil, idade, sexo e nacionalidade e por isso não são informações a colocar no currículo”.

Google Tradutor: amor ou cilada?

Tanto Ana, da equipe do PUCPR International, quanto Elaine, especialista do PUC Carreiras, são unânimes quanto ao uso do Google Tradutor: cilada! Elas salientam que é interessante traduzir o currículo para o idioma nativo do país de destino, mas sem usar a ferramenta. “O ideal é não usar o Google Tradutor, certamente terá algum erro, então o melhor é pedir para alguém que tenha fluência fazer tradução”, alerta Elaine.

Conhecimento do idioma

Assim como ocorre na construção de um currículo no Brasil, não se pode mentir ou exagerar nas informações para vagas fora do país. E isso vale, também, para a questão do conhecimento e fluência no idioma. Além disso, para a vivência de trabalho ou de estudos no exterior é importante ter um conhecimento avançado. “Isso deve se refletir de forma sincera no currículo”, explica a especialista em carreiras. “Dependendo da área e do propósito, também haverá muitos termos técnicos e regionais, por isso a importância de estudar e pesquisar bem a língua e o país de destino, em todas as esferas”, complementa Elaine.

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