Escola de Negócios

Escola de Negócios - 30 set 2021

Pesquisadora apresenta estudo sobre as perspectivas sociológicas da gestão estratégica nos casos de Mariana e Brumadinho aos estudantes da Escola de Negócios

Beatriz Zanoni apresentou tópicos relevantes da pesquisa publicada no periódico internacional Management Research

pesquisadora-gestao-estrategica-mariana-brumadinho- pexels-anna-nekrashevich-6801648

As perspectivas sociológicas da gestão estratégica sob a ótica dos casos da Vale e Samarco e os desastres socioambientais provocados pelo rompimento de barragens nos municípios de Mariana e Brumadinho, em Minas Gerais, foram tema de um bate-papo da pesquisadora Beatriz Zanoni com os estudantes dos cursos de graduação internacional da Escola de Negócios da PUCPR, o Internacional Business Program (IBP) e o Internacional Management Program (IMP).

A pesquisadora, que é doutoranda pela UFPR, publicou recentemente a pesquisa “Capitals and decisions about sustainability in a Brazilian ecocide organization: a narrative analysis based on Bourdieusian sociology”, no periódico internacional Management Research. No estudo, o tema foi discutido em uma perspectiva sociológica, por meio de análises usando os conhecimentos de Pierre Bourdieu, apresentado como alternativas à gestão.

Em sua pesquisa, Zanoni mostrou que capital social, cultural e econômico são comuns em todas as organizações, sendo essenciais para compreender a estratégia como prática dentro das organizações. Ao invés de compreender a estratégia como algo desenhado pela gestão das organizações, a pesquisadora fala que a estratégia é praticada no dia a dia, pelos funcionários.

A doutoranda também argumentou que os aspectos políticos e de poder são fundamentais para compreender as práticas de sustentabilidade, citando que, no caso da Vale e Samarco, a motivação para a perseguição de estratégias de sustentabilidade após os desastres é política e ideológica, ao invés de serem motivadas por uma vontade autêntica. Zanoni também diz que as estratégias socialmente construídas entram em cena quando o planejamento falha e a capacidade de improvisar em momentos de incerteza são o que possibilitam com que as organizações se adaptem a choques externos.

O estudo de Beatriz mostra que as empresas analisadas, ao se depararem com o rompimento das barragens, enfrentaram um clima de instabilidade dado o grande impacto social e ambiental. Entretanto, a pesquisa mostra que as decisões das organizações são majoritariamente definidas pelo seu capital econômico.

O encontro faz parte do Programa Vivências Práticas, que compõe as grades curriculares dos programas internacionais da Escola de Negócios.

SAIBA MAIS SOBRE O IBP E O IMP