Intercâmbio PUCPR
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BUREAU DO PACTO EDUCATIVO GLOBAL

Atendendo ao convite do Papa Francisco, desde 2020, a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) tem se dedicado a contribuir para a implementação do Pacto Educativo Global, visando estabelecer um caminho educativo comum centrado no novo humanismo.
A PUCPR é uma das onze universidades em todo o mundo selecionadas pelo Dicastério da Cultura e Educação do Vaticano como referências para promover e disseminar o Pacto Educativo Global. Assim, em fevereiro de 2023, foi lançado o Bureau do Pacto Educativo Global da PUCPR, com o objetivo de impulsionar a concretização do Pacto Educativo Global no âmbito de influência da universidade.
Confira o vídeo gravado pelo Cardeal José Tolentino de Mendonça para o lançamento do Bureau:

Como você acha que serão os próximos 10 anos em um mundo que:

  • normaliza sacrifícios pelo trabalho;
  • subestima crianças e adolescentes;
  • exclui as mulheres e as famílias
  • ignora pessoas marginalizadas
  • e adota uma política corrupta e sustenta uma economia predatória?

Para o Papa Francisco, evitar o colapso da humanidade é um dever dos cidadãos, da escola e do poder público. Não se trata apenas de uma crise ambiental, financeira, política, social: é uma crise sem adjetivação, porque é uma crise interna, que se projeta externamente em todas as dimensões do ser humano, na relação com os outros, com a sociedade, com as coisas, com o meio ambiente.

O que está em jogo, então, é existencial. Diz respeito à posição que o homem atribui a si mesmo na realidade e à maneira como ele percebe sua existência no mundo.

Por isso, o Pacto Educativo Global assume a missão de renovar a sociedade de dentro para fora, conscientizando e transformando os cidadãos em agentes de transformação na sociedade.

COMPROMISSO Colocar a pessoa no centro de cada processo educativo

O que vale mais são as pessoas

A educação começa com o respeito de quem você é. Colocar a pessoa no centro significa valorizar a identidade e cuidar de questões físicas, mentais e emocionais antes de qualquer trabalho, conteúdo ou prova. Para o Papa Francisco, a crise ambiental e social requer uma educação focada naqueles que moldarão o futuro do planeta. É essencial que a educação prepare indivíduos para transformar a sociedade, não apenas para o mercado de trabalho.

Para colocar a pessoa no centro, é preciso:

  • Garantir a existência de oportunidades iguais para os membros da sua instituição/organização, sem discriminação de gênero, idade, raça, religião, ideologia e condição social.
  • Cuidar de cada membro da sua instituição/organização, com especial atenção aos mais frágeis, oferecendo uma formação integral que valorize todas as dimensões da pessoa, incluindo a espiritual.
  • Criar as condições para que todos os membros da sua instituição/organização tenham acesso e conheçam a Carta Universal dos Direitos Humanos.

COMPROMISSO Ouvir a as gerações mais novas

Diálogo que escuta e realiza

Quantas vezes você já “olhou torto” para uma criança? Ou ignorou o que um adolescente falou por achar imaturo demais? Mas se os jovens não têm autonomia para se expressar, como a sociedade consegue cobrar soluções inovadoras de adultos que, no passado, nunca foram levados a sério?

Antes de “instruir” é necessário “e-ducere”, que significa retirar, fazer sair, trazer à luz. Por isso, o Papa Francisco defende a necessidade de ouvir, transmitir e construir, juntos, uma “aldeia da educação”, ou seja, um ambiente educativo participativo envolvendo mente, mãos e coração.

Para construir uma “aldeia da educação”, é preciso:

  • Promover o protagonismo dos estudantes e jovens e o seu acesso à educação;
  • Assegurar a participação dos representantes dos estudantes nos órgãos consultivos e deliberativos da sua instituição/organização.
  • Criar comunidades educativas acolhedoras que estejam particularmente atentas aos alunos com necessidades educativas especiais.
  • Condenar qualquer forma de desrespeito e exploração das crianças.

COMPROMISSO Promover a mulher

Lugar de mulher é onde ela quiser!

Lugar de mulher é onde ela quiser, inclusive na sala de aula! Seja na escola, universidade ou no mercado de trabalho, elas merecem igualdade de cargos e salários em relação aos homens. Infelizmente, a desigualdade de gênero é ainda mais acentuada entre mulheres em situação de pobreza, que enfrentam exclusão, maus-tratos e violência, tornando mais desafiador o acesso ao conhecimento e a defesa de seus direitos.

Por isso, para incluir as mulheres ativamente na educação, é preciso:

  • Garantir, na medida do possível, uma presença equitativa masculina e feminina na sua instituição/organização.
  • Incentivar políticas a favor da participação das jovens na educação.
  • Proteger a presença de um número equitativo de mulheres nas funções de gestão, no corpo docente e órgãos colegiais da sua instituição/organização.
  • Condenar todas as formas de discriminação e violência contra as mulheres.

COMPROMISSO Responsabilizar a família

A família é a primeira e mais importante escola de amor e solidariedade

A família é o primeiro círculo social e a essência do amor. Além de gerar um indivíduo, a família tem a responsabilidade crucial de cuidar e educar. Essa função é indispensável. Portanto, é essencial incluir a família no processo de educação dos jovens, permitindo que o aprendizado em casa se complemente com o da sala de aula e vice-versa.

Para responsabilizar a família, é preciso:

  • Envolver sempre as famílias nas atividades educativas da sua instituição/ organização.
  • Garantir a presença dos representantes e pais nos órgãos consultivos e deliberativos da sua instituição/organização.
  • Construir pactos educativos comunitários entre as escolas e a família, para responder às necessidades do território. Incentivar programas de formação e autoformação dos pais.

COMPROMISSO Se abrir à acolhida

A verdadeira paz reside no exercício diário da tolerância e do respeito mútuo

Quando passamos a virar a cara em vez de estender a mão para quem precisa? Quem nos deu o direito de ignorar e rotular pessoas como “não cidadãos”, “semi-cidadãos” ou “excluídos”?

Uma sociedade saudável só existe quando todos são dignos de compaixão e solidariedade. Por isso, é preciso superar a cultura do descartável e incentivar a cultura da inclusão para tirar as periferias da invisibilidade.

Para se abrir à acolhida, é preciso:

  • Promover programas de sensibilização numa perspectiva intercultural e inter-religiosa.
  • Acolher e integrar pessoas marginalizadas e imigrantes na sociedade através de políticas de inclusão;
  • Acolher estudantes e pessoas de outros países na sua instituição/organização (internacionalização).
  • Iniciar programas de cooperação internacional para a construção de um mundo mais fraterno e acolhedor.

COMPROMISSO Renovar a economia e a política

Repensar a economia e a política para promover o bem-comum

A transformação social requer uma mudança de mentalidade e ação do poder público. É por isso que propomos um “pacto social” que renove a economia e a política, com o objetivo de promover o bem-comum. O poder de mudança emerge do coletivo, e a educação desempenha um papel fundamental ao incentivar políticas públicas mais inclusivas. Portanto, o processo de renovação da economia e da política começa na escola e se estende a todas as instituições de ensino, as quais podem:

  • Incentivar na sua instituição/organização o estudo e investigação sobre economia, política, crescimento e progresso com ideias inovadoras e inclusivas, revisão de currículos e planos de estudo.
  • Propor uma educação integral ao serviço dos valores de participação, de democracia, de política, de justiça, de igualdade, de fraternidade e de paz.
  • Reorientar os projetos de formação da sua instituição/organização em favor da formação de pessoas disponíveis para servir a comunidade.

COMPROMISSO Cuidar da casa comum

Respeitar a natureza é cuidar da nossa casa comum: o Planeta

Se você cuida de dentro da sua casa, por que não faz o mesmo com a natureza na parte de fora? Para o Papa Francisco, a natureza é o mesmo que nossa “casa comum”. Por isso, cabe a cada um de nós cuidar do meio ambiente, assim como cuidamos das nossas casas.

Esse cuidado inclui ações conjuntas dos cidadãos, do poder público e das instituições de ensino. Para as pessoas, ações simples como utilizar transporte público, promover caronas compartilhadas ou trocar o carro pela bicicleta já nos ajudam a proteger os recursos naturais através de um estilo de vida mais consciente.

Para os governantes e as empresas, cabe a adoção de políticas de incentivo para o uso de energias renováveis e respeitosas do meio ambiente.

Quer saber mais sobre os compromissos do Pacto Educativo Global? Clique aqui!

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Repositório de Boas Práticas

Explore este repositório e encontre inspiração para transformar teoria em prática, construindo uma educação alinhada com os princípios do Pacto Educativo Global.

Educação: entre a crise e a esperança

Inspirado num provérbio africano que diz ser necessária uma aldeia inteira para educar uma criança, o Papa Francisco lançou em 2019 o convite a um Pacto Educativo Global. De acordo com o Pontífice, em um momento de extrema fragmentação, é preciso unir esforços de toda a família humana em favor de uma aliança educativa para formar pessoas maduras capazes de viver na sociedade e para a sociedade.
Nesta obra que reúne os principais pensamentos do Papa Francisco sobre o assunto, bem como algumas reflexões de renomados especialistas, é possível identificar caminhos concretos para um novo humanismo por meio de cinco temas de importância central para o Pacto Educativo Global: dignidade e direitos humanos, fraternidade e cooperação, tecnologia e ecologia integral, paz e cidadania e culturas e religiões.

Manual da Ecologia Integral para Crianças

O 'Manual da Ecologia Integral para Crianças' foi elaborado como um instrumento para as crianças que desejarem participantar do Concurso de Arte São Francisco de Assis, que celebra o aniversário de 1 ano da Casa de Francisco e Clara.
Inspirado na mensagem da Laudato Si, a encíclica do Papa Francisco sobre o cuidado com o meio ambiente, esse manual foi escrito com uma linguagem acessível e busca oferecer às crianças uma introdução ao conceito de Ecologia Integral.

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Para educar uma criança é necessária uma aldeia inteira

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