Ser pesquisador não é exclusividade de quem está na universidade. Um dos programas de pesquisa ofertados pela PUCPR é o PIBIC Júnior (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica Júnior) que insere estudantes a partir do 1º ano do Ensino Médio de escolas públicas e privadas na vivência da pesquisa científica.

Participantes do programa indicam uma área de interesse e são escolhidos por professores pesquisadores de acordo com a linha de pesquisa de cada um. A partir daí os estudantes passam a frequentar reuniões do grupo de pesquisa do orientador durante os 12 meses de desenvolvimento da sua pesquisa.

A coordenadora de Iniciação Científica da PUCPR, professora Cleybe Vieira, explica que “a ideia do PIBIC Jr é o estudante estar inserido em uma atividade de pesquisa da área que ele pretende estudar para que entenda o método científico”.

Segundo ela, ao participarem do programa, os estudantes desenvolvem maturidade tanto nas relações profissionais quanto pessoais e descobrem novas perspectivas. “Eles passam a ver o mundo com outros olhos e, a partir disso, se definem profissionalmente com mais chances, certezas e possibilidades”.

Além de favorecer a escolha profissional, o PIBIC Jr fornece o aprendizado de competências e habilidades pessoais importantes para a formação integral, como por exemplo: criatividade, resolução de problemas, capacidade de fazer e receber críticas, pró-atividade, persistência, entre outras.

A participação no PIBIC Jr também abre portas para outras oportunidades como o PIBIC Master (em que o mestrado é realizado simultaneamente a graduação) e o PIBIC Mobilidade Nacional ou Internacional (participação do estudante em pesquisa interinstitucional em outro estado do Brasil ou em outro país).

Jessica Correa, egressa de Biotecnologia da PUC, teve seu primeiro contato com a área acadêmica a partir do PIBIC Jr, ainda no segundo ano do Ensino Médio. Durante a graduação, trabalhou por dois anos com projetos de iniciação científica (PIBIC) e realizou PIBIC Master. Hoje, candidata ao doutorado, ela diz que apesar dos desafios encarados para a produção, o projeto abiu várias portas: “o programa me inseriu com antecedência na Universidade e na pesquisa, construindo desde cedo objetivos acadêmicos e auxiliando que os mesmos sejam alcançados”, conta.

Para Kathlyn do Espírito Santo, “O PIBIC Jr me ensinou a ser mais proativa na faculdade. Sempre participei de projetos de projetos de pesquisa, atividades extracurriculares, estágios, etc.” Egressa de Medicina Veterinária, ela realizou dois PIBICS durante o Ensino Médio e afirma que isso mudou sua visão de mundo: “Se você não faz pesquisa, não consegue se desenvolver e abrir mentes”.

Mesmo que a opção não seja a atuação como pesquisador, de acordo com Cleybe, as habilidades desenvolvidas são úteis para qualquer carreira. “Hoje o profissional não é alguém isolado, mas que está sempre se reinventado, repensando seu modo de atuar. Então, muito mais do que aprender conteúdo, o importante hoje é desenvolver competências”, afirma.

Estudantes que fazem PIBIC Jr na PUCPR ainda contam com diferenciais como reuniões mensais de orientação oferecidas pela universidade, que abordam assuntos como uso da metodologia científica, ética na pesquisa, busca em plataforma de dados, empreendedorismo, entre outros.

Como participar

Para ser um candidato ao PIBIC Jr, é preciso, além de ser um excelente estudante, ter as principais qualidades de um pesquisador: persistência, visão crítica e vontade de aprender. As escolas parceiras indicam os estudantes que se destacam e demonstram interesse como candidatos ao programa. Em seguida, uma reunião é feita na PUCPR para que os futuros pesquisadores tenham seu primeiro contato com o professor que irá orientá-los e então definir um cronograma de trabalho para o próximo ano.