A Universidade

Em primeiro lugar, quero deixar um agradecimento especial ao Grupo Marista, na pessoa do seu Presidente Irmão Délcio Afonso Balestrin  e à Província Marista Brasil Centro Sul, na pessoa do seu Superior Provincial Irmão Antônio Benedito de Oliveira, pela confiança depositada na minha pessoa, indicando meu nome para homologação à Sagrada Congregação para a Educação Católica da Santa Sé para exercer a reitoria da Pontifícia Universidade Católica do Paraná por dois mandatos.

Também não posso deixar de assinalar, neste momento tão solene, a extrema atenção, apoio e carinho de todos os setores do Grupo Marista nesse período. Agradeço, portanto, ao Sr. Superintendente Antônio Rios, a todas as suas diretorias com quem tivemos uma excepcional parceria, numa ampla relação de sinergia. E quero deixar um cordial agradecimento, em meu nome e em nome da reitoria que encerra hoje seu mandato, ao Ir. Délcio, presidente do Grupo pelo seu perene apoio, pela sua pronta disponibilidade, pela sua dedicação à PUCPR e pela sua amizade.

Portanto, à nossa Província Marista e ao Grupo Marista, um cordial muito obrigado de toda a PUCPR.

Quero também, neste momento, deixar consignado um especial agradecimento pela parceria, amizade e forte presença ao nosso Grão Chanceler D. José Antonio Peruzzo. Sempre disponível, emanando otimismo, confiança e muita fé, D. Peruzzo nos transmite muita segurança, iluminando, com sua sabedoria, a todos nós. Aceite meu cordial muito obrigado.

Um especial agradecimento também ao Prof. Dr. Vidal Martins, que aceitou colocar toda a sua competência e dedicação à PUCPR tanto como Pró-Reitor de Graduação no início do mandato como também vice-reitor executivo desta gestão que ora se encerra.

Aos demais colegas da reitoria, Prof.ª Paula, Prof.ª Renata, Irmão Rogério e Prof.ª Cristina – a mãe do Francisco –, e o Prof. Casela e suas equipes, agradeço a vossa dedicação, competência e o trabalho verdadeiramente missionário durante esse período.

Também, neste momento, dou as boas-vindas a todos que continuarão ou iniciam hoje um novo mandato, em especial boas-vindas ao Ir. Rogério Mateucci, que assume a Reitoria, após ter seu nome homologado pela Sagrada Congregação para a Educação Católica da Santa Sé pelos próximos 4 anos. Irmão Rogério traz um preparo excepcional para assumir a reitoria da PUCPR. Ao Irmão Rogério e sua equipe, auguro os votos de pleno êxito nesta sua nova missão. Que São Marcelino e a Boa Mãe sejam seus intercessores e inspiradores nesta caminhada, que tem tudo para ser coroada de êxito.

É momento também de manifestar minha extrema gratidão aos nossos decanos, aos nossos diretores da PUCPR de Londrina, Toledo e Maringá, ao diretor da Hotmilk e sua equipe, a todos os nossos coordenadores de graduação, pós-graduação stricto sensu e lato sensu pela vossa dedicação tanto acadêmica quanto administrativa. Vocês são exemplo de dedicação, todos abraçando com destemor causas desafiadoras, que levaram a PUCPR ao ponto em que se encontra.

Por fim, agradeço, neste momento, de maneira também especial a presença de todos vocês, professores, colaboradores, gestores, como também os nossos trabalhadores terceirizados, responsáveis por essa PUCPR tão bonita e segura.  Saúdo os nossos convidados, amigos e familiares, que estão nos prestigiando este momento.

A vida é feita de desafios e muitos deles podem nos tirar o chão. Foi como me senti há oito anos quando fui convidado a assumir a reitoria da PUCPR.

Naquela altura da vida tinha clareza da complexidade que representava administrar uma universidade, independente da sua característica ou origem. Por outro lado, tinha consciência do extraordinário trabalho desenvolvido pelo Irmão Clemente no decorrer da sua gestão, da qual tive a honra de participar. Apenas para citar um exemplo: a Universidade contava com 3.5% de doutores no início da gestão do Irmão Clemente e concluiu o mandato contando com mais de 30%. E todos sabemos: o melhor investimento sempre foi e é trazer ou formar talentos. A história futura da PUCPR mostra o quão acertada foi essa decisão.

Animado pela certeza de que não estaria sozinho em tão árdua empreitada, apoiado de um lado pelo Grupo Marista, de quem sempre recebi apoio, confiança e carinho e, de outro, pela qualidade e dedicação da nossa comunidade universitária, decidi, naquele momento, aceitar essa difícil responsabilidade, colocando-a sobre os ombros como a grande missão da minha vida, sabedor de que a postura a me revestir teria de ser a de serviço.

Tudo isso sob o signo dos valores humanos, cristãos e maristas e que, por isso mesmo, estão intimamente associados ao processo de educar e formar pessoas, pois são complementares. Para tanto, nosso compromisso efetivo, ao iniciarmos nossa caminhada, foi de continuar a obra desenvolvida pelas gestões que nos antecederam, adotando a sua postura de ousadia, trabalho e persistência.

Hoje, após 8 anos, vejo que o comprometimento, não apenas do grupo diretivo mais próximo da universidade, mas de toda a comunidade que compõe a PUCPR, como Frente de Missão fazendo parte do Grupo Marista, cumpriu sua missão assumida em ambas as posses. Foi uma dedicação missionária, sem medir esforços, trazendo ao dia a dia da universidade tudo que dissesse respeito a uma formação inovadora.

“Nossa constituição não copia leis dos vizinhos; damos antes modelo a alguns do que imitamos os outros”. Oração fúnebre de Péricles 431 a.C. e reconstituída por Tucídides.

Ao assumir a reitoria em dezembro de 2013, grandes mudanças nos aguardavam. Os tempos que então vivíamos já as anunciavam. E o anúncio era desafiador e impactante.  Um mundo 4.0 assomava no horizonte, exibindo toda a sua potencialidade, expressa na sua velocidade, no seu impacto sistêmico, na sua amplitude e profundidade, um mundo 4.0 decidido a ocupar e dominar todo o planeta.  Previa-se, portanto, uma grande tempestade. E a tempestade veio.

Promovendo mudanças de paradigma sem precedentes, não apenas na economia, nas empresas, na sociedade, na educação, mas também nos indivíduos, alcançando cada pessoa, independente de onde se encontrava, independente do seu nível social. E veio para ficar e para se eternizar.

Ignorá-la seria o retrocesso, seria a perda de sustentabilidade, no mínimo. E muito provavelmente o desaparecimento. Exemplos dessa realidade são abundantes. Milhares. A Kodak é um bom exemplo. Por isso entendemos o recado. Entendemos e lemos o sinal dos tempos, como o Senhor nos alertou há mais de 2 mil anos.

Pois bem.  Ali estava um mundo que traz o signo do imprevisível, do volátil, do instável, a um mundo complexo, mundo VUCA, e que hoje evoluiu para mundo BANI – Frágil, Ansioso, Não linear e Incompreensível.

Um mundo que deixa como herança, que será a figura central das mudanças, o indivíduo como alguém totalmente conectado e autônomo, com acesso a todo o conhecimento e informação, com acesso a conteúdos, num click. Mais que isso: com autonomia na tomada de decisão. Alguém em condições de ser protagonista da sua formação. Eis o nosso jovem estudante. Jogando uma pá de cal no velho mundo previsível, estável, calmo, passivo – milenarmente presente entre nós. E alcançando em cheio a educação.

“São mudanças tão profundas que, na perspectiva da história humana, nunca houve um momento tão potencialmente promissor e perigoso”, como diz Klaus Schwab, o fundador do Fórum Econômico Mundial.

E pra complicar, aí vem o Ray Kurzweil, um dos fundadores da Singularity: “A mudança tecnológica da 4ª Revolução Industrial é exponencial, contrariamente à visão intuitiva linear do senso comum. Mediante isso, não experimentaremos apenas 100 anos de progresso no século 21 – experimentaremos 20 mil anos de progresso”.     

O mesmo com a pandemia. Foi um outro momento também altamente desafiador. Nós entendemos a magnitude do recado um bom tempo antes do primeiro contaminado no país. Entendemos a sua abrangência, a sua mensagem, seus riscos, o seu prenúncio, e, porque não dizer, a sua advertência. E estávamos preparados para todas as suas consequências, que são tão ou mais impactantes que a revolução 4.0. E a reação foi ampla, planejada, controlada, com o aluno sendo o foco principal.

 

Pois bem. Tudo isso nos alertou para uma realidade da nossa universidade: o nosso modelo, então vigente, apesar de expressivos resultados, apesar da sua caminhada robusta, exigia uma atenção muito especial, pois, como se encontrava, muito provavelmente, corria o risco de, na sequência, não ser sustentável. Ali ainda estávamos vivendo aquele mundo calmo, previsível.

O desafio imediato a ser enfrentado, portanto, tinha a ver com o nosso processo de formação e a nossa infraestrutura técnica e administrativa, ambos oriundos ainda do século 19 ou 20. Onde todos aprendiam o mesmo conteúdo, numa espécie de linha de produção. Exigências decorrentes ainda da segunda Revolução Industrial, no final do século 19.

Por isso, teríamos de rever a nossa caminhada, tendo como foco a inovação educacional, buscando o desenvolvimento de uma nova mentalidade, uma nova cultura participativa, com uma visão sistemática, de amplo alcance. Desafios imediatos que exigiam uma intervenção imediata.

Lá estava, portanto, como projeto, emergindo uma nova universidade no horizonte.

Portanto, todas estas transformações, adequações e inovações tinham, como prioridade absoluta, o nosso aluno de hoje e do amanhã, inserido, ele próprio, neste mundo onde inúmeros paradigmas estavam sendo quebrados. Aí estava a geração millennial Z e hoje a geração Z. Gerações autônomas, como citei há pouco, protagonistas, integradas num mundo digital, exponencial, com acesso ao conhecimento. Alguém que esperava, como alguém autônomo, ser a parte viva, ativa da universidade, protagonizando a sua formação. Alguém que exigia ser tratado tendo a sua idade, cultura e momento respeitados. Alguém que deve ser preparado para a vida e não apenas para uma profissão. Portanto, alguém muito além de uma formação passiva.

Motivo pelo qual a educação está sendo ressignificada no mundo todo. A máxima sobre essa realidade é – ou você se adequa, ou…

Por outro lado, havia o risco de sermos uma universidade com alunos exponenciais do século 21, e com um corpo docente e administrativo do século 20 ou 19.

Tudo isso desafiava a universidade tradicional a se reinventar de forma perene para continuar relevante.

 

 

 

Mediante isso é exigência, é conditio sine qua non, que aconteça uma caminhada pari passu entre a evolução do mundo VUCA ou BANI, lá, extramuros, com o nosso sistema de formação, intramuros. Um sistema duplo, portanto, que deve ser vivo e integrado. Ágil na sua adequação. Exatamente o contrário do que era há algumas décadas: passivo e parado intramuros, desligado daquilo que acontecia extramuros. Duas caminhadas desencontradas. Por isso, entendo que essa integração entre a universidade e o mundo externo é a chave do sucesso da mudança.

Cumprida essa exigência, a instituição, o corpo docente, os gestores e alunos estarão todos alinhados, se atualizando e atentos à evolução do século 21. Para tanto, todo esse processo teve de se readequar permanentemente. Isto abrange currículo, curso, professores, gestores, captação, universidade, etc. Adequados e readequados permanentemente. Qualquer desequilíbrio entre intra e extramuros será prejuízo certo à formação do estudante.

Este é o foco central para uma formação integral. Se tal adequação não for permanente, em pouco tempo certamente voltaremos àquele mundo quase parando. Ou caminhando em direções opostas.

 

E aí está a pandemia, sacudindo as acomodações, obrigando todos a se reinventarem. Como disse Walter Longo recentemente: “A pandemia acelerou o processo de transformação digital e aumentou ainda mais o abismo entre o mundo atual que olha para o futuro e aqueles que seguem abraçando uma concepção já ultrapassada de educação”.

Porém, “O que faz a diferença”, salienta Longo, “Não é a tecnologia, que virou commodity, mas as pessoas”. Ou seja, vivemos um tempo em que “As transformações devem estar ocorrendo, não com foco exclusivo na tecnologia, que se tornou commodity, mas dentro de cada um de nós”. Se ali, se dentro de cada um de nós, não houver eco das mudanças, paramos no tempo.

Por outro lado, como a pandemia acelerou de maneira exponencial o processo de transformação digital, o abismo entre o mundo atual que olha para o futuro e aqueles que continuam dentro da lógica ultrapassada na educação está ampliando ainda mais. Aqui fica clara a relação direta entre a tecnologia e o engajamento humano.

A nova premissa, portanto, é tratar desigualmente pessoas, respeitando as suas diferenças. Não podemos mais tratar os nossos alunos da mesma forma. Por quê? Porque aqui temos o indivíduo. O indivíduo autônomo. E com acesso a todo o conhecimento. Portanto, saindo de uma educação genérica para a educação individual. Ou seja: uma IES não pode mais pensar apenas no genérico, no mediano, na média, mas no atendimento aos anseios e aspirações dos indivíduos no dia a dia. E tudo isso por uma realidade que claramente estamos já vivendo. E com disponibilidade de tecnologias.

Voltando a Walter Longo, as pessoas não vão mais passar quatro ou cinco anos se capacitando numa instituição para irem embora, e sim vão passar a aprender uma vida inteira na mesma instituição, porque elas precisarão se reinventar durante toda a carreira. E a essa caminhada que me refiro. Que deve ser inaugurada. Temos que entender que os 4 anos são apenas um momento na sua caminhada formativa.

“E com esse conceito de lifelong learning, uma IES deixará de ser tutora e passará a ser mentora”, ressalta Longo. “Razão pela qual a instituição precisará criar as suas próprias plataformas de streaming, aproximando a academia das empresas e da sociedade em geral”. É a pandemia e a revolução 4.0 caminhando pari passu.

E há uma outra questão que considero fundamental nesse processo: a nossa relação com a tecnologia. “A nossa nova missão é impedir que a tecnologia cerceie a nossa imaginação”.

Isso tudo significa, portanto, que uma instituição que continuar acomodada, preocupando-se com o mediano, com o cotidiano, com a burocracia, esquecendo o horizonte, uma instituição voltada para si própria, aos seus interesses, com baixa flexibilidade, corre sério risco de ser tragada pela caminhada deste novo mundo, e condenada a desaparecer no olho do furacão.

Eis então a Revolução 4.0, com a pandemia acoplada, acontecendo no âmbito da PUCPR, perpassando aos poucos, nestes anos, todas as áreas que a compõem, alcançando os corredores, as salas, os laboratórios, e comprometendo a consciência das pessoas, as suas vidas, convidando-as gentilmente a assumirem as mudanças como a sua missão, alimentada, por isso, por uma convicção missionária.

Isto significa que estamos habitando, neste momento, um mundo onde a evolução do conhecimento é exponencial. Daí a necessidade de aprender sempre, de estudar sempre. O que significa também que estamos vivendo num ponto de inflexão da história. Inflexão que alcança todas as atividades e condições. Alcança a educação, mas também a democracia, saúde, cidades, energia, governo, trabalho, ciência, as religiões, leis, pessoas, etc.

E a função da universidade nesse processo?

Em vez de apenas transmitir conhecimento, caberá a ela ensinar a raciocinar, a desenvolver habilidades cognitivas, a dominar o conhecimento, a sistematizá-lo e a colocá-lo em prática, preparando o aluno para ser eterno aprendiz.

Formar profissionais competentes e cidadãos solidários capazes de enfrentar com naturalidade mudanças disruptivas e capazes de solucionar, futuramente, desafios complexos que são desconhecidos no momento da sua formação e que exigirão o uso de tecnologias ainda indisponíveis.

A matriz por competência foi a nossa resposta a este desafio. Preparar para um futuro desconhecido. Formar um cidadão global. Desenvolver elevado senso crítico e capacidade de enxergar além do imediato.

É o caminho para se alcançar uma formação integral, com um projeto de vida, mediante o desenvolvimento de competências.

Esta é a nossa revolução, a nova revolução. Contando já com a aprendizagem ativa implantada, a PUCPR adotou a formação por competências. Certamente a maior mudança que uma universidade adotou no país. Modelo defendido ao redor do mundo como fundamental para um novo processo de formação que fizesse jus aos desafios com os quais o aluno vai se defrontar, após concluir o seu curso.

Em síntese, precisamos de uma nova universidade, altamente complexa, com novas exigências de formação, novos desafios a curto e médio prazo, inserida num mundo globalizado. Exige-se dela um passo corajoso em direção ao futuro. Criar um novo modelo de estrutura organizacional, um sistema que traga agilidade para processos internos e tomada de decisão, conforme nossas prioridades estratégicas. Uma universidade com o aluno como o seu foco prioritário, com um processo formativo ativo, vivo, com o corpo docente e administrativo integralmente voltado a ele, estudante. A serviço dele. Todos sabendo que esse é o papel da universidade como um todo – o estudante e a sociedade. O ensino, a pesquisa e a extensão.

E daqui para frente? O que significa ser universidade do século 21? Um século que evolui de maneira exponencial. E tudo com ele. Incluindo a educação, incluindo a universidade. O que significa, como disse Kurzweil (da Singularity) que o século 21 não terá 100 anos, mas 20 mil anos. Ou seja, o que antes da revolução 4.0 levava 100 anos para evoluir, hoje evolui em 1 ano.  Eis o nosso desafio. Como fazer para manter a universidade adequada ao tempo, com esta velocidade?

A única solução é mudar, evoluir e evoluir…

E mudar e evoluir não é algo simples. Mas evoluir é o que torna esse mundo fascinante.

Um salto entre duas faíscas nos trouxe tamanho conhecimento que nos levou a mudar o mundo na segunda revolução.

Só que cada salto de uma faísca nos dias atuais se torna muito, mas muito mais impactante em todos os sentidos, se comparado ao salto entre duas faíscas na segunda revolução.  Quais são os saltos de hoje: IA, IoT, novas profissões, outras tantas que desaparecem, um mundo completamente inseguro, prometendo longevidade sem fim, sendo que daqui a uns 10 ou 15 anos cada pessoa passará a ter não uma ou 2 diferentes ocupações durante a sua vida, mas talvez 20 ou mais, necessitando de perene redimensionamento, inclusive de personalidade, gênero, etc.

E é importante termos claro que o futuro não é apenas a máquina. O futuro é a conexão entre seres humanos com outros seres humanos, trabalhando juntos, processando milhões de informações, com o mesmo sonho, com o mesmo horizonte. É o nosso caso. E a cada dia teremos de enfrentar um novo desafio.

Porque o futuro é logo ali, próximo e urgente. Pergunta-se: você tem a compreensão abrangente de tudo que está acontecendo? Você compreende a velocidade, a amplitude deste impacto?

Você está pronto para este futuro? Você, que me ouve, está? Porque a melhor maneira de prever futuro é inventá-lo.                                        

Alan Kay

Nisso tudo, porém, há algo que não irá mudar. E nem pode mudar. São nossos alicerces, fincados em profundidade, estabilizados numa rocha. A nossa missão, a nossa identidade e os nossos valores. Ou seja: o nosso DNA. Aliás, quanto mais ligados estivermos a esse lado, quanto mais conscientes do nosso DNA, o outro lado – as mudanças que acabei de comentar – certamente terão mais sentido.  Por uma razão importante: nelas repousa o por quê de toda essa trajetória.  Aliás, elas próprias estão sendo implantadas para que esses três pilares que citei – missão, identidade e valores – possam ser cumpridos de maneira abrangente, conforme se espera de uma universidade com o nosso DNA. Pontifícia, Católica e Marista. Como se vê, ambas as realidades andam pari passu, interdependentes. Daí surgem os nossos alicerces. Alicerces que não podem sofrer mudanças de espécie alguma.

 

Muito obrigado.