Até o ano passado, a disciplina de empreendedorismo oferecida pela PUCPR Câmpus Toledo era vista quase que exclusivamente como um algo a mais no currículo universitário. Mas, a partir deste semestre, passa a ser um diferencial a mais da PUCPR. Isso porque foram abertas 15 vagas para a comunidade, possibilitando a participação de pessoas de fora da Universidade. “Esse perfil diferenciado enriquece ainda mais o conhecimento, pois amplia a cultura dos participantes e a troca de informações”, comenta a professora responsável pela disciplina de Empreendedorismo, Michelli Ferronato.

Ela ressalta que a disciplina tem equivalência de um curso de extensão para quem for de fora da PUCPR, enquanto para os estudantes servirá de disciplina eletiva. “Esta é uma disciplina diferenciada, até porque depende muito mais da dedicação de cada um”, diz a professora Michelli, acrescentando que o objetivo é implantar um perfil diferenciado nas pessoas “e fazê-las ter uma visão mais ampla para o mercado de trabalho e para as próprias oportunidades pessoais”. Michelli ressalta que hoje empreendedorismo não é mais visto apenas como abrir um negócio, mas justamente em estabelecer este perfil diferenciado nas mais distintas áreas de atuação.

O professor Hermes João Inácio, que integra o Núcleo de Excelência em Empreendedorismo e Inovação (NEEI) e que, ao lado do professor Evandro Redivo Nava, auxiliarão na condução da disciplina, acrescenta que em todas as áreas são necessárias pessoas empreendedoras. “O Brasil, infelizmente, não é um país empreendedor e precisamos mudar esta cultura”, acredita. Sobre a participação de pessoas externas à PUCPR, Hermes destaca que este era um sonho antigo no câmpus. Os encontros estão acontecendo aos sábados pela manhã e a metodologia, de acordo com os professores, é 100% ativa.

Perfil

Os estudantes realizaram um teste para saber que tipo de perfil cada um possui. O resultado do teste foi usado na formação das futuras equipes. Mas, além disso, foi realizada uma dinâmica de grupo onde foram inseridas inúmeras tarefas e o desempenho nesta atividade também será levado em consideração na formatação das equipes. “Precisamos ter grupos mais heterogêneos para que o desempenho ao longo da disciplina seja melhor”, analisa a professora Michelli.

Ela ressalta em relação aos participantes da comunidade externa que são “pessoas que trabalham com gerenciamento, representante comercial, coordenação de cursos técnicos, jornalista e até uma estagiária”, destaca a professora, complementando que a maioria resolveu participar porque pretende abrir um novo negócio ou desenvolver habilidades pessoais e profissionais.