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Destaque - 07 dez 2018

Qual será o futuro do emprego?

Ao contrário do que se pensa, automatização e robotização podem gerar mais vagas que demissões; porém, os trabalhadores têm papel fundamental para se enquadrar no novo mercado

O mercado de trabalho está em constante transformação e é difícil prever qual será o futuro do emprego, sobretudo em relação à substituição de mão de obra humana por novas tecnologias e robôs, mesmo que a projeção fosse feita sobre um único segmento. Quando se avalia um panorama geral, a tarefa se torna ainda mais complexa. No entanto, as pessoas já podem começar a se planejar para tarefas que envolvam a gestão de sistemas ou robôs.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) estima que 57% das vagas de emprego estarão sujeitas à automatização e à robotização nos 23 países englobados pela entidade – o que inclui o Brasil. Mas, ao contrário do que se imagina, esse novo cenário traz muitas oportunidades, especialmente para pessoas capacitadas para atuar em parceria com as novas tecnologias e robôs.

Um relatório produzido pelo Fórum Econômico Mundial, divulgado no início deste ano com o propósito de avaliar as mudanças no mercado entre 2018 e 2022, consegue dar um parecer mais preciso. De acordo com ele, 75 milhões de empregos – em escala global – podem deixar de existir até 2022. Por outro lado, 133 milhões de novos postos devem surgir, mais alinhados à nova ordem de divisão de tarefas entre homens, máquinas e algoritmos.

como será o futuro do mercado de trabalho pucpr

Fatores a se considerar

Segundo a pesquisa, dois fatores precisam ser levados em consideração: (1) uma redução em larga-escala de tarefas que sejam repetitivas e possam ser automatizadas, caso das plantas industriais, por exemplo; (2) e o surgimento de produtos e serviços justamente a partir da adoção das novas tecnologias, sem contar as demandas que surgem dos fatores socioeconômicos e demográficos – vejam negócios recentes, caso de Airbnb e Uber, além de startups que surgiram da interação de plataformas de redes sociais.

Embora o próprio Fórum Econômico Mundial veja suas previsões com cautela, trata-se de um dos relatórios com mais perspectiva de acerto por considerar inúmeros fatores e levar em conta as especificidades locais, sem esquecer do panorama que envolve todos os continentes. No caso do Brasil, 53% das empresas declararam que haverá necessidade de algum tipo de requalificação por parte dos funcionários para que o negócio continue atingindo resultados.

Para 50% das companhias consultadas, estima-se que haja uma redução em suas forças de trabalho atuais até 2022. No entanto, as perspectivas são positivas: 38% dos negócios esperam que haja um aumento da força de trabalho, sobretudo nas novas atribuições que surgirão para dar conta da produtividade necessária, e mais de um quarto delas espera criar novos postos de trabalho, com foco no gerenciamento da automação.

Em sua conclusão, o relatório aponta medidas que devem ser adotadas pelo governo (estimar o impacto dessas mudanças, aplicação de recursos em educação e investimentos públicos que incentivem o surgimento de empregos) e pelas companhias (capacitações para os colaboradores e planejamento de longo prazo). Por fim, os trabalhadores têm papel preponderante, planejando seu desenvolvimento contínuo e desenvolvimento de carreira, exigindo um comportamento proativo, dentro de um propósito de estar alinhado às necessidades do mercado.

Como se preparar?

É difícil oferecer uma receita de bolo para garantir o sucesso em um futuro difícil de se prever. No entanto, o estudo contínuo e que tenta se enquadrar às demandas do mercado é um dos caminhos para o sucesso garantido. A PUCPR oferece diversos cursos de Pós-Graduação para quem deseja se preparar para mudanças. Confira aqui.

Entre as opções disponíveis, encontram-se o curso de Engenharia e Tecnologias para a Indústria 4.0, Engenharia e Gestão da Indústria 4.0 e a Gestão de Talentos e Carreira – uma forma de ajudar profissionais a se posicionar neste novo mercado.