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Destaque - 01 nov 2017

PUCPR firma parceria para pesquisar macaco-prego

A previsão é que o projeto comece no início de 2018. Investimentos são de R$ 1.3 milhões

Entender o comportamento do macaco-prego e seus ataques às plantações Pinus e achar soluções para o manejo do animal são os principais objetivos da pesquisa que será realizada pela PUCPR e a Universidade Federal do Paraná (UFPR). O estudo é resultado de uma parceria com a Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (Apre), que investiu R$ 1.3 milhões no projeto. Com duração de cinco anos, a previsão é que projeto comece no início de 2018.

A cerimônia que oficializou a parceria aconteceu na última segunda-feira (30) e contou com a presença do decano da Escola de Ciências da Vida Sérgio Surugi, e do presidente do Conselho Diretor da Apre Edson Balloni. Estarão à frente do projeto os professores Eduardo Carrano, do Curso de Ciências Biológicas da PUCPR, e o Professor Fernando Passos, do Departamento de Zoologia da UFPR.

O macaco-prego prejudica diretamente o Pinus quando descasca sua parte superior e se aproveita da seiva para alimentação própria. Ao retirar a casca, ele atrasa o crescimento da planta e pode causar a sua morte. A ação impacta negativamente várias áreas de reflorestamento, afetando diretamente os associados da APRE que trabalham com diversos segmentos dependentes de bases florestais. Segundo Carlos Mendes, Diretor Executivo da Apre, esse já é um problema antigo: “As empresas associadas já vêm estudando essa questão há bastante tempo, desde 2010. O problema já existe nas empresas, relatado, a mais de 30 anos.”

Nem sempre o macaco ataca as bases de reflorestamento do Pinus. Há casos em que a convivência das espécies não resultam em ataques ou degradações. De acordo com Carrano, os pesquisadores pretendem monitorar macacos presentes nos dois casos para conseguirem respostas e propor ações para o manejo dos animais, diminuindo assim o prejuízo econômico das empresas. O macaco-prego é considerado uma espécie-praga como consequência do nível de seus ataques em algumas plantações.