Destaque - 13 jul 2018

5 dicas infalíveis para passar no Exame da OAB

Uma das grandes dificuldades na carreira de quem cursa direito é passar no Exame da Ordem da OAB. Com uma baixa taxa de aprovação, a prova chega a ser um pesadelo para os estudantes que pretendem se tornar advogados. Na primeira fase do XXV Exame de Ordem, de aproximadamente 126 mil candidatos apenas 29.892 foram aprovados.

Irá prestar a próxima edição do exame e está com medo? Calma! Nós convidamos o professor e coordenador de Direito da PUCPR Antonio Kozikoski para dar 5 dicas infalíveis para você arrasar na prova. Confira:

Segundo o professor, a primeira dica é saber estudar de acordo com o perfil da banca. “Antigamente a prova cobrava conceito, pegadinha e os enunciados eram curtos. Hoje a banca evoluiu e cobra o conteúdo de forma aplicada”, explica. Kozikoski afirma que não adianta estudar como se estudava há 5, 10 anos, decorando o conteúdo pelo conteúdo e focando nas pegadinhas. “Hoje temos que estudar de forma aprofundada e responsável para saber aplicar aquele tema”, conta.

A segunda dica é prática: resolva muitas questões. Para conhecer a banca, é necessário resolver um número alto de perguntas. Atualmente, há vários sites que oferecem o serviço de simulados e questões. Assim, entende-se de forma mais contemporânea a aplicação do conceito na prova e é possível direcionar até melhor o estudo. “No site da FGV, a dica é sempre responder de trás para frente: já que agora será realizado o 26° exame, o ideal é estudarmos pelas provas do 25°, 24° e 23°, assim por diante. No site da própria FGV há acesso fácil às questões”, explica o coordenador. Confira as provas aqui.

Criar um agenda de estudos faz parte da terceira dica. “É indicado que o estudante coloque em uma planilha de Excel, por exemplo, os dias da semana e quando será a prova. Então, ele tem ir preenchendo esta tabela de modo a imobilizar os horários em que tem compromissos como aula e trabalho, para que consiga enxergar exatamente quantas horas líquidas de estudo ele irá ter”, relata.

Depois de ter o cronograma feito, é necessário cumpri-lo. “A regularidade é muito importante para a aprovação, porque quando o estudante fica 1, 2 ou 3 dias sem estudar, ele perde essa inércia positiva, essa inércia de movimento e acaba regredindo no aproveitamento e na chance de ser aprovado”, argumenta.

Como quarta dica está compreender que as matérias cobradas no exame têm pesos diferentes e por isso, estrategicamente, vale a pena optar por estudar mais uma matéria específica do que outra. Não entendeu? A gente explica: Direito Constitucional, por exemplo, é uma matéria estratégica para aprovação, já que tem 7 questões garantidas na prova, em uma prova que você precisa de 40 para passar. Além disso, é uma matéria que não é explorada em um horizonte tão distante de artigos. “Isso quer dizer que o que normalmente cai são 150 artigos, 150 artigos para 7 questões é uma relação peso/potência muito alta”, explica Kozikoski.

Para o coordenador, as disciplinas mais estratégicas para focar os estudos são Direito Constitucional, Direito do Trabalho e Processo do Trabalho, Ética Profissional e Direito Empresarial. No contraponto, há disciplinas em que não é indicado perder muito tempo estudante. Filosofia, por exemplo: há 2500 anos para cair apenas duas questões. “São pensamentos complexos e de autores complexos, então não é indicado gastar tanto tempo estudando isso, apenas se sobrar tempo no planejamento”, completa.

A quinta dica é mais motivacional: é fundamental acreditar que é possível passar no exame. “Eu sempre digo aos meus alunos que eles têm uma bagagem de Direito. Se eles não estão formados, estão em vias de se formar e tem, portanto, quatro anos de estudo de Direito nas costas. Dado esse conjunto de conhecimento, com um estudo focado e responsável para prova para reavivar conteúdos, a aprovação é possível”, ressalta o professor.

Mesmo com um índice de reprovação alto, é importante entender que a prova tem como único concorrente o próprio estudante, já que todo mundo pode ser aprovado – diferente de um concurso público onde entram poucas pessoas. “O estudante tem que acreditar que é possível, saber dosar a ansiedade e o nervosismo. É fundamental entender que vai sim ficar ansioso e nervoso, mas que terá que enfrentar e trabalhar isso internamente, e encarar a prova como um primeiro grande desafio de uma vida profissional que começa”, completa o coordenador.