A PUCPR Câmpus Toledo encerra nesta semana o Projeto Honestidade. A iniciativa, que teve início em 17/09, consistiu em disponibilizar uma geladeira com garrafas de água para serem consumidas pela comunidade acadêmica sem que alguém ficasse no controle dos consumos. Ao lado da geladeira foi disponibilizada uma caixinha para recebimento do dinheiro referente ao consumo – tudo isso sem que as ações fossem filmadas ou monitoradas. O valor sugerido para cada garrafa de água (com gás e sem gás) foi de R$ 1,50, com a condição do estudante não ter troco. Depositando R$ 2,00, o usuário ficava com um crédito de R$ 0,50 que poderiam ser utilizados em momento posterior conforme a sua consciência moral.

O projeto, que nasceu em parceria da equipe de Pastoral do Câmpus com uma empresa de água mineral da cidade, surgiu da necessidade dos estudantes viverem a ética na prática. “Todos os cursos têm a disciplina de Ética em sua matriz curricular e, como professor de Ética, sempre fica a dúvida se os estudantes conseguem colocar em prática o que aprenderam em sala de aula”, afirma o professor Jaime José Rauber , um dos responsáveis pela ação. A iniciativa procurou desenvolver o princípio da honestidade. O docente destaca que “os grandes corruptos certamente não se tornam corruptos quando assumem funções de chefia em empresas ou cargos públicos. São nos pequenos gestos que se revela o caráter e a dignidade da pessoa. Sob o ponto de vista ético, não há diferença no furto de pequenas somas ou de milhões de reais dos cofres públicos”, relata.

A ideia do projeto

Com oito semanas de projeto foram consumidas 1861 garrafas de água, sendo que a taxa de esquecimento é de 3,8%. Embora o resultado não tenha sido o ideal, o professor avalia o projeto como “extremamente positivo, já que instigou os estudantes a colocarem valores éticos em prática”. O valor arrecadado será encaminhado para ações missionárias de acompanhamento e atendimento de gestantes, mães e crianças carentes em Rushooka, na Uganda.